A pressão imobiliária estaria por trás do movimento para desqualificar a Praia do Pinho, em Balneário Camboriú, como uma praia naturista – a primeira a ter esse título oficial no Brasil, há 40 anos. A informação que chegou à coluna é a de que a intenção seria viabilizar um resort no local.

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O título de praia naturista trava projetos que não tenham esse viés. Retirar a qualificação da praia, portanto, seria o primeiro passo para deixar a área à disposição de eventuais investidores.

A abertura de qualquer empreendimento no local, no entanto, não seria um processo simples. Além de estar cercada pela mata, a Praia do Pinho integra a Área de Proteção Ambiental (APA) Costa Brava, e tem restrições construtivas. Qualquer empreendimento na região depende de parecer do Conselho Gestor – e, segundo fontes do setor ouvidas pela coluna, um resort dificilmente seria aprovado no local.

O projeto de lei que proíbe o naturismo na Praia do Pinho, apresentado pelo vereador Anderson dos Santos (Podemos), atende, segundo ele, a pedidos da comunidade. Na justificativa, o parlamentar diz que a praia vem sendo cenário para uso de drogas e se transformou em um espaço de “promiscuidade exacerbada”. O argumento é contestado pela Federação Brasileira de Naturismo (FBRN), que fala em preconceito e retrocesso. 

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