O governador Carlos Moisés (PSL) disse nesta segunda-feira (14) que nenhum professor da rede estadual que cumpra 40 horas vai receber menos de R$ 5 mil em Santa Catarina. O anúncio surpreendeu, porque o valor é bem maior do que o piso atual do Magistério, que está em R$ 2,8 mil. O reajuste, nesse caso, é de 44%.
Continua depois da publicidade
Estado vai liberar R$ 1,2 bi em crédito sem juros para pequenos empresários e MEIs
Moisés não detalhou como pretende incrementar os salários dos professores da rede estadual, mas a coluna apurou que o assunto já está em discussão na Secretaria de Administração e na Secretaria da Fazenda. O Estado pretende detalhar como fará a mudança nas próximas semanas.
A tendência é que o valor de R$ 5 mil, como remuneração mínima, inclua todas as fontes de pagamento do professor – o que o Estado chama de ‘rubricas’. Isso significa que os R$ 5 mil não serão o salário base, sobre o qual incidem outros benefícios, mas a verba remuneratória. Professores que não alcançarem esse valor, somadas todas as fontes de remuneração, terão complemento salarial para chegar ao valor mínimo estabelecido pelo governo.
Reforma da Previdência em SC vai prever economia de até R$ 37 bi em 20 anos
Continua depois da publicidade
Luiz Carlos Vieira, presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Educação de (Sinte), diz que, com o movimento, Santa Catarina segue estados como Maranhão, Ceará, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, que já aplicam o valor mínimo de R$ 5 mil para salários de professores que têm nível superior.
Moisés escolhe Sandro Neis para vaga de desembargador no TJSC
Nenhum professor com curso superior e carga horária de 40 horas semanais deve ter remuneração inferior a R$ 5 mil. Novidades em breve.
— Carlos Moisés (@CarlosMoises) June 14, 2021
O anúncio de Moisés ocorre em meio às discussões sobre o novo plano de carreira do Magistério. A negociação foi paralisada devido à pandemia, e foi retomada recentemente. Uma comissão mista na Alesc debate o tema, e tem reunião agendada para esta terça-feira (15).
Com cofre do Estado cheio, Moisés precisa definir legado
Um obstáculo para o reajuste imediato dos professores pode ser a lei federal que impede estados e municípios de concederem aumento até 31 de dezembro, como medida compensatória pelo recebimento de recursos extras na pandemia. Mas, para o Sinte, a recomposição seria possível porque os professores estão sem aumento desde 2018. Para o sindicato, o Estado responderia a uma demanda anterior ao período de pandemia.
Continua depois da publicidade
Participe do meu canal do Telegram e receba tudo o que sai aqui no blog. É só procurar por Dagmara Spautz – NSC Total ou acessar o link: https://t.me/dagmaraspautz
Leia também:
Modelo Carol Trentini será parceira em programa do MPSC; entenda
Hang perde ação em que pediu R$ 100 mil de indenização a Marcelo D2
Jorginho Mello é cotado para ser ministro de Bolsonaro
Provocada, cientista Natália Pasternak alerta para “governo autoritário”