A Operação Nota Verde, deflagrada pelo Gaeco na manhã desta quinta-feira (5), inclui mandados de afastamento do presidente do órgão ambiental municipal, o Instituto Itajaí Sustentável (Inis), Mario Cesar Angelo, e do Diretor de Fiscalização, Felipe Lima. A procuradoria do município disse que ainda não recebeu as ordens judiciais de afastamento. Os dois não foram localizados pela coluna.

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Os demais alvos são empresas de consultoria ambiental, em diferentes cidades. Os mandados de busca e apreensão são cumpridos em Itajaí, Balneário Camboriú, Camboriú, Bombinhas e Penha, em Santa Catarina, e Curitiba, no Paraná.

A coluna apurou que a operação foi desencadeada por uma investigação da 10ª Promotoria de Justiça, em Itajaí, sobre um licenciamento ambiental no Bairro Canhanduba. As suspeitas são de que agentes públicos tenham autorizado licenças irregularmente, em áreas protegidas, em troca de benefícios pessoais.

A apuração fala em “aliança entre agentes públicos, empresários e particulares interessados visando facilitar a obtenção e concessão de licenciamentos ambientais em desacordo com a legislação aplicável”. Os investigados estariam autorizando desmatamentos em áreas de preservação permanente, atingindo a fauna e a flora protegidas por lei, para beneficiar pessoas e empresas com alto poder financeiro.

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São apurados crimes contra a flora, corrupção e lavagem de dinheiro. A coluna apurou ainda que a expectativa dos investigadores é que o material recolhido na operação ajude a esclarecer outras suspeitas de irregularidades envolvendo a concessão de licenças ambientais em Itajaí.

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