O presidente do BNDES, Aloízio Mercadante, contestou em uma nota oficial a publicação do governador Jorginho Mello (PL) sobre a obra do Contorno Viário da Grande Florianópolis. Jorginho questionou a inauguração e a presença do presidente Lula (PT) no evento, dizendo que não há recurso federal na obra. O trecho é concedido à Arteris Litoral Sul.

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– Eu gostaria muito que o governo federal viesse aqui inaugurar obras federais. Essa lenga-lenga da [BR] 470 e tantas outras obras federais, isso sim precisa ter aporte de recursos do governo federal. Agora, inaugurar uma obra que o governo não colocou um centavo. Para mim, não tem sentido – afirmou Jorginho, que não compareceu à cerimônia.

Lula e Jorginho trocam farpas sobre inauguração do Contorno Viário

Mercadante disse que a declaração do governador desconsidera tratar-se de uma concessão de uma rodovia federal, e acrescentou que a obra – que era uma obrigação da concessionária, entregue com 12 anos de atraso – teve financiamento do BNDES.

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Veja a nota na íntegra:

“O Contorno Viário da Grande Florianópolis, inaugurado nesta sexta-feira, 9, pelo presidente Lula, não existiria sem o BNDES. Além de ser uma concessão federal, desde 2011, o BNDES financiou diretamente R$ 850 milhões de investimentos da Arteris Litoral Sul S.A, concessionária responsável pela administração do trecho de 356 km da BR-101 que conecta Curitiba, capital do Paraná, ao município de Palhoça, em Santa Catarina, incluindo o Contorno Viário de Florianópolis.

Após ter sido o único financiador do projeto em seu início, momento de maior risco, o BNDES ancorou a emissão de uma debênture de R$ 2 bilhões, ajudando a trazer investidores privados e viabilizando a realização da obra.

Portanto, a declaração do governador de Santa Catarina desconsidera completamente a própria concessão federal feita no segundo governo do presidente Lula e a atuação do BNDES, que tornou possível a entrega do Contorno Viário da Grande Florianópolis. Na gestão do BNDES, ao contrário de alguns que não sabem conviver com a democracia e com o pacto federativo, continuaremos a seguir a orientação do presidente Lula de atuar de forma republicana na análise de projetos fundamentais para a melhoria da vida do povo brasileiro”.