O Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC) aceitou um pedido da defesa e transferiu os dois filhos do prefeito de Ponte Alta do Norte, Ari Alves Wolinger (PL), para a mesma unidade prisional onde também está preso preventivamente o pai, em São Cristóvão do Sul. Os três foram detidos por um suposto esquema de corrupção envolvendo serviços de limpeza.

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Brayan Jackson Wolinger e Hyago Heron Wolinger estavam presos em Lages, e a transferência ocorreu na última quinta-feira (22). O advogado Justiniano Pedroso apelou à Lei de Execuções Penais, que prevê que as pessoas detidas permaneçam nas unidades prisionais mais próximas da residência.

Ao longo do fim de semana, circulou a informação de que o prefeito e os dois filhos estariam dividindo a mesma cela, com autorização da Justiça – o que foi negado pela defesa. Ari Alves Wolinger está no pavilhão 1, e os filhos no pavilhão 2, o que faz com que permaneçam incomunicáveis. Os irmãos, no entanto, estão juntos, na mesma cela.

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Pai e filhos foram presos no fim de janeiro. Além deles, o secretário municipal de Planejamento e Finanças, Antônio Carlos Brocardo, também foi detido. A apuração do Ministério Público de Santa Catarina indica que prestadores de serviços interessados em atuar no projeto estariam sendo obrigados a criar empresas e contratar escritórios de contabilidade ligados aos investigados.

Na semana passada, o advogado Justiniano Pedroso apresentou um recurso no Superior Tribunal e Justiça (STJ), para tentar a liberação dos quatro presos. A defesa alega que não há requisitos que sustentem a prisão preventiva.

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Sobre os fatos citados na denúncia do MPSC, o advogado nega as acusações feitas aos investigados:

— Eles não praticaram nenhum ilícito penal, tanto que até hoje ainda não existe ação penal, não houve denúncia formalizada pelo MP — diz.