Faltando poucos dias para o fim da janela de transferências e para o prazo de renúncia, o cenário eleitoral de Santa Catarina começa a ganhar forma. Mas, no momento, todas as frentes, em maior ou menor escala, enfrentam alguma dificuldade para decolar. A começar pelo projeto reeleição do governador Carlos Moisés (Republicanos). Voando em céu de brigadeiro desde o “acordão” pós-impeachment – com Legislativo, com tudo – com a máquina na mão e dinheiro em caixa, Moisés decidiu seguir sozinho e deixou uma fumaça de descontentamento entre (ex) aliados, que agora tenta trazer de volta.
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Na semana que passou, o governador jantou com a bancada do MDB, que havia bancado o convite para Moisés integrar o partido, numa tentativa de reacender a relação. Enquanto isso, a executiva estadual do MDB se encanta com outras propostas. Reuniu-se com Gean Loureiro (União Brasil) e tem reunião marcada com o PSD nesta semana.
Jorginho Mello (PL), pré-candidatíssimo, decidiu buscar um vice no meio empresarial. Mas sua dificuldade é conquistar o carimbo de bolsonarista. Enquanto tenta se viabilizar como “candidato do Bolsonaro”, o senador vê surgir a hipótese de ter um concorrente na mesma raia, com o retorno de João Rodrigues (PSD) ao páreo.
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O PSD de João Rodrigues já tem como pré-candidato o ex-governador Raimundo Colombo (PSD), e também mantém conversas com Gean Loureiro, que articulou o grupo União Brasil, PSD, PP e PSDB. A dificuldade de Gean é estadualizar o projeto a partir de Florianópolis. Nesse cenário, o grupo aposta na possibilidade de enfraquecimento de Moisés para propor uma alternativa. O problema é assentar as candidaturas.
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Na oposição, a frente democrática articulada por Décio Lima (PT), que conseguiu reunir oito partidos, tem Dario Berger chegando pelo PSB, Jorge Boeira pelo PDT, e o papel – e partido – de Gelson Merísio ainda em aberto. O congestionamento de lideranças, no entanto, tem um elemento que falta à centro-direita: o discurso de unidade.
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