A Secretaria de Estado da Saúde considera “inevitável” a liberação das praias em Santa Catarina, depois de mais um fim de semana de areias lotadas – apesar do decreto estadual que proíbe a permanência continuar em vigor. O trabalho agora é para estabelecer as regras, que deverão incluir a obrigatoriedade do uso da máscara, e distanciamento entre os guarda-sóis.

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Essas normas, que ainda não foram divulgadas oficialmente, se deduzem do posicionamento do secretário André Motta Ribeiro, que diz que as medidas sanitárias seguirão o padrão já adotado pelo Estado. O que falta definir são detalhes como a responsabilidade pelas fiscalizações, e as formas de abordagem.

O entendimento do Estado é de que faz mais sentido ter as praias liberadas, mas com regras viáveis e fiscalizáveis, do que seguir com a proibição de permanência que é deliberadamente desrespeitada.

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Conforme adiantou o colega Anderson Silva, o assunto dividiu opiniões na última sexta-feira (11), na reunião entre o governador Carlos Moisés, prefeitos e deputados. A liberação de permanência nas praias colocou, de um lado, prefeitos do Litoral. De outro, os do interior do Estado.

Quem puxou a defesa da reabertura foi o prefeito de Bombinhas, Paulo Dallago Muller, o Paulinho (DEM), seguido pelo prefeito da Capital, Gean Loureiro (DEM). O apelo foi para que o setor do turismo não ‘pague a conta’ com mais restrições, e que tenha apoio do Estado para efetivar a fiscalização.

– Meu posicionamento é que a gente possa ter medidas de segurança, mas não restrições – disse Paulinho à coluna.

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Por outro lado, outro grupo de prefeitos que participaram da reunião defendeu restrições durante a temporada e praias fechadas, para conter o avanço da pandemia e a pressão sobre o sistema de saúde. 

Entre os participantes da reunião, o prefeito de Lages, Antonio Ceron (PSD), e Mario Hildebrandt (Podemos), de Blumenau, mostraram preocupação com o aumento da demanda por hospitais ao longo das próximas semanas.

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Ceron, que criticou na reunião a manutenção das eleições municipais no país, disse à coluna que os municípios estão “juntando os cacos”, referindo-se ao aumento no número de casos.

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– Não me manifestei sobre as praias, mas o que temos hoje é uma preocupação muito grande a repeito dos próximos dias. Estou preocupado em não poder dar uma tratamento digno para as pessoas. Felizmente isso ainda não aconteceu, mas estamos na marca do pênalti – avaliou.

A expectativa é que o Coes delibere sobre o regramento das praias durante a reunião de terça-feira (15), e que a partir daí a publicação ocorra a qualquer momento.

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