O número de ocorrências de lesões causadas por águas-vivas e caravelas no Litoral Norte surpreendeu os Bombeiros neste verão. Na região do 7º Batalhão, entre Itapoá e Itajaí, foram atendidos 4.683 casos desde o 22 de dezembro, num período de oito dias. São mais de 500 ocorrências, diariamente.
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São Francisco do Sul lidera o ranking dos acidentes. Mais de metade dos registros feitos pelos Bombeiros foram em praias da cidade. Em seguida vêm Itapoá, Penha e Navegantes.
Tenente João Ricardo, do Corpo de Bombeiros Militar, diz que a quantidade de ocorrências é maior do que em anos anteriores, e aponta dois fatores que podem ter interferido na chegada dos animais: as correntes marítimas vindas do Norte, que trazem as águas-vivas, e o vento, que traz as caravelas.
Ele recomenda que, ao chegar à praia, os banhistas prestem atenção se há bandeiras lilases hasteadas. Elas indicam a presença de águas-vivas. Também é possível consultar a situação da praia por meio do aplicativo Praia Segura, do Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina.

Os dois organismos são diferentes. Enquanto as águas-vivas são transparentes, as caravelas são coloridas. Variam entre o azul e o cor-de-rosa. Ambas possuem tentáculos, onde estão as toxinas que causam queimaduras. Em caso de acidente, os Bombeiros recomendam os seguintes cuidados:
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1. Não coçar o local, não esfregar e nem lavar com água doce, somente com água do mar
2. Tirar os tentáculos com cuidado, usando uma pinça
3. Aplicar vinagre de uso doméstico na zona afetada, usando de preferência uma gaze e sem comprimir o local
4. Para o alívio da dor, recomenda-se o uso de compressas de gelo
5. Caso a pessoa desenvolva uma reação alérgica, deve ser encaminhada imediatamente a uma unidade hospitalar para devido tratamento