A prefeitura de Balneário Camboriú vai pedir à Caixa Econômica Federal que mantenha intocada a Praia de Taquarinhas _ uma das últimas praias desertas do Estado. Os cinco lotes ao longo da orla eram garantia de um empréstimo, e foram tomados pelo banco. O secretário de Planejamento, Rubens Spernau, diz que a ideia é tornar Taquarinhas um parque ambiental.

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A administração municipal deve fazer contato com a Caixa nos próximos dias, para entender qual a intenção do banco em relação à área. Até agora, a Caixa não informou se vai leiloar os terrenos, que estão em área de preservação. Em tese, o próprio banco poderia tornar o espaço um parque ambiental, ou doar as terras ao município.

Há preocupação da prefeitura em relação ao risco de ocupações irregulares em Taquarinhas. Até dezembro, enquanto foi propriedade da Taquarinhas Investimentos e Participações, a praia teve um caseiro. Com a mudança de propriedade, ainda não está claro de que forma será feito o controle. Ocupações em áreas de preservação são um problema crônico em Balneário Camboriú, que demanda atenção.

Legalmente, segundo o secretário de Planejamento, a possibilidade de ocupar a área é pequena. O patrimônio é ambiental, e não financeiro, segundo Spernau.

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Os valores negociados entre o banco e a empresa não foram divulgados oficialmente, mas fala-se, no mercado, em algo em torno de R$ 120 milhões. Os terrenos de Taquarinhas eram uma garantia complementar ao empréstimo _ há outros imóveis envolvidos na negociação.

A transferência de propriedade dos terrenos de Taquarinhas teria rendido à prefeitura de Balneário Camboriú em dezembro quase R$ 7 milhões em ITBI, imposto cobrado sobre transações imobiliárias.