Sol, mar e praia lotada. As imagens do domingo de areia ‘fervendo’ em Ipanema, no Rio de Janeiro, são a síntese do que a pandemia nos ensinou sobre empatia e responsabilidade. Ou seja, nada.
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Em Santa Catarina, faltou calor para testar a resistência às praias até agora. Mas, especialmente entre os jovens, parece que máscara já é tendência do verão passado. Muita gente não quer mais usar – e, em muitas cidades, a fiscalização faz vistas grossas para a obrigatoriedade do acessório.
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Experimente uma caminhada no domingo à tarde na badalada Praia Brava, em Itajaí, por exemplo. São tantos rostos descobertos, tantos bares lotados, que a sensação é de que a pandemia já passou. O problema é que esqueceram de avisar o novo coronavírus.
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Há de se convir que nós, brasileiros, não estamos sozinhos nessa. O verão europeu também tem sido farto em imagens de praia cheia e desrespeito às regras de distanciamento social. Ninguém aguenta mais tanta regra, tanta privação. E o resultado, por lá, já aparece: o vírus, que parecia ter sido derrotado, voltou a circular. Os jovens, tão descolados e despreocupados, impulsionam a contaminação.
Muitos de nós acreditamos que esse desafio imenso seria capaz de transformar a humanidade. Mas o ser humano, que tantas vezes atravessou a doença, a fome e a guerra, parece ter perdido no meio do caminho a empatia, a capacidade de se identificar com o outro.
Autocentrados, concentrados em satisfazermos os próprios desejos, nos tornamos criaturas desconectadas da realidade. Os especialistas dizem que a humanidade prosperou na Terra por ser gregária, por viver em grupo, em sociedade. Ao enveredar para o egoísmo, o ser humano escolheu o caminho que o torna menor.
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