A Praia de Taquarinhas, última praia deserta de Balneário Camboriú, teve os lotes vendidos por R$ 31,5 milhões pela Caixa Econômica Federal. Os seis terrenos, que somam 597 mil metros quadrados, foram arrematados pela empresa Biopark Gestão Sustentável Ltda, que tem sede em Balneário Camboriú e, segundo os dados cadastrais, atua em reservas ecológicas e parques temáticos.
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Os lotes haviam sido integrados ao patrimônio da Caixa porque eram garantia de um empréstimo milionário de uma construtora paranaense, que não foi pago. Em 2019 os terrenos já haviam sido listados em leilão pelo banco, mas não foram arrematados. O preço inicial era de R$ 230 milhões – quase oito vezes mais do que o valor pelo qual a área foi negociada.
Caixa silencia sobre nova tentativa de vender praia deserta em Balneário Camboriú
A depreciação de valores teria sido resultado das restrições construtivas em Taquarinhas, que integra a Área de Preservação Ambiental (APA) Costa Brava. A maior parte da área é de preservação permanente.
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A venda dos lotes ocorreu sem alarde pela Caixa, que recebeu mais de 160 lances pelos terrenos. O banco também não se pronunciou, apesar de ter sido repetidamente questionado pela coluna desde o dia 3 de novembro.
A área de Taquarinhas era requisitada pelo município de Balneário Camboriú e pelo estado de Santa Catarina para instalação de um parque ambiental público. O vereador André Meirinho (PP), que atua na causa de Taquarinhas, ressaltou que a área está sob decreto de interesse social.
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