Uma publicação do deputado estadual Ivan Naatz (PL) nas redes sociais pela morte do soldado Luiz Fernando de Oliveira, que foi atingido por tiros de fuzil na sexta-feira (11), em Florianópolis, causou reação na Polícia Militar. O parlamentar fez menção à diferença salarial entre as carreiras militares – e foi acusado por oficiais de usar politicamente um momento de luto da corporação.
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A postagem recebeu resposta de oficiais de todo o Estado, entre eles o ex-Comandante Geral do Corpo de Bombeiros e ex-presidente do Colegiado de Segurança Pública, coronel Charles Vieira, e o ex-Subcomandante Geral da Polícia Militar, coronel Cláudio Koglin.
Presidente da Associação de Oficiais de SC (Acors), o coronel Sergio Sella escreveu que o deputado “insiste em querer induzir luta de classe entre os militares” num momento em que a PM está enlutada.
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“Fico extremamente triste pela perda de uma companheiro de farda, que nunca será por nós esquecido, mas não posso me calar quando vejo alguém querer se aproveitar desse momento tão triste para nós militares, pois é o mesmo que cortar parte de nossa carne”, escreveu.
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A Federação Nacional de Entidades de Oficiais Militares Estaduais (Feneme) informou que pretende processar o deputado pela afirmação. Em nota enviada à coluna, a entidade acusa o deputado de “oportunista e desdenhoso na medida que utiliza da morte heróica do Soldado PMSC Luiz Fernando para criar cisão entre as classes e querer “faturar” com uma lamentável fatalidade”.
Diante da repercussão, na noite de domingo o deputado Ivan Naatz fez uma nova postagem em resposta aos oficiais. Escreveu que “a PM é uma única farda, num único propósito defender a lei e as pessoas de bem. Porém, nem todas as patentes recebem um tratamento justo”.
Ele voltou a falar em equivalência salarial e citou as discussões sobre o reajuste salarial dos policiais na Assembleia Legislativa, em 2021. “Isso não tem nenhuma relação com a respeitada hierarquia militar, tem com dignidade, com respeito ao trabalho e sua remuneração”, afirmou o parlamentar.
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