A federalização do Porto de Itajaí ocupou uma parte relevante do discurso de posse do prefeito de Itajaí, Robison Coelho (PL), na Câmara de Vereadores nesta quarta-feira (1). Não era para menos. Portuário, ex-secretário adjunto de Portos do governo Jorginho Mello (PL), Robison é o primeiro prefeito, nas últimas três décadas, a comandar o município sem assumir, junto, o leme do porto.

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Em sua fala, Robison disse que “não há ranço nem ódio” pela decisão tomada pelo governo federal. Mas o novo prefeito deixou clara a contrariedade, e afirmou que o município buscará acordos em relação aos passivos financeiros da Superintendência do Porto de Itajaí e às áreas não operacionais – é o caso da área anexa ao Centreventos, onde ocorrem a Marejada e a The Ocean Race, e a área da Marina Itajaí, por exemplo. São terrenos que pertencem ao porto e passam a estar sob responsabilidade de Santos.

Robison terá uma série de outros desafios à frente da prefeitura da cidade que ostenta o maior PIB de Santa Catarina. Saúde, educação, saneamento, abastecimento de água e mobilidade estão entre os mais urgentes. De certa forma, a federalização do porto significa um problema a menos para a nova gestão.

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Por outro lado, há que se registrar a trajetória do novo prefeito de Itajaí. Esta eleição era a vez e a chance Robison Coelho, que perdeu para Volnei Morastoni (MDB) em 2020 por uma diferença mínima, de menos de três mil votos. Para um portuário, que já havia chegado tão perto de comandar a prefeitura da cidade onde nasceu, é inegável que assumir Itajaí sem a “vitrine” do porto traga um gosto amargo à festa da posse.