A Portonave, em Navegantes, anunciou nesta quarta-feira (21) a chegada de um novo serviço – uma nova rota de navios operados pelo armador CMA CGM, que ligará o terminal catarinense a portos do Caribe e América Central. A estreia ocorre num ano de números recordes. Mesmo com a pandemia, o Complexo Portuário do Itajaí-Açu, que integra os terminais de Itajaí e Navegantes, deve fechar 2020 com a melhor movimentação da história, com 1,3 milhão de TEUS (medida que equivale a contêineres de 20 pés).

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O novo serviço, que leva o nome de Brasex 2, começa a operar na Portonave a partir da madrugada de sábado (24), quando chegará ao terminal o navio Mandalay. A rota tem cinco navios e deve operar exportação de madeira, alimentos e cerâmica, e importação de produtos químicos, plástico e derivados.

Entram no roteiro os portos internacionais de Port of Spain, em Trinidade e Tobago, Caucedo, na República Dominicana, San Juan, em Porto Rico, e o porto de Kingston, na Jamaica, que atua como hub port com conexões para Ásia, Europa e América do Norte.

A Portonave, que comemora nesta quarta 13 anos de operação, divulgou que mantém 45% do Market share em Santa Catarina – o que significa que quase metade dos contêineres operados no Estado passa pelo terminal. O diretor superintendente do porto, Osmari de Castilho Ribas, disse que há dois motivos para que o porto atinja números recordes em um momento de economia retraída.

O primeiro deles é a movimentação de comércio exterior, impulsionada pelo agronegócio e o envio de cargas frigorificadas para outros países. O segundo é a melhora de infraestrutura. Castilho destacou o upgrade alcançado com as obras da nova bacia de evolução, que foram concluídas este ano, e que abriram espaço para navios co mais de 306 metros.

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– Hoje nós temos a melhor condição de manobra para grandes navios no país – diz.

Em junho, o terminal foi o único no país a receber uma escala do APL Paris, o maior navio cargueiro que já navegou a costa brasileira. O porto de Navegantes era o único com condições de operar a embarcação, que tem 347 metros e comprimento.

A expectativa, agora, é pelas obras da segunda etapa da nova bacia de evolução, que abrirão espaço para navios de até 400 metros de comprimento. A empreitada tem valor estimado de R$ 200 milhões, e aguarda sinalização de investimento do governo federal.