Estas não são eleições comuns. A pandemia, que virou o mundo de cabeça para baixo, empurrou para novembro o pleito municipal, forçou os candidatos a inovar nas campanhas, e afastou o interesse de um eleitor que já andava cansado da política.
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Às vésperas da votação, não há clima de eleições contaminando as cidades. É impossível um paralelo com uma eleição municipal em ‘tempos normais’, quando elas costumam ser disputadas no corpo a corpo.
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A esta altura, com os números da Covid-19 em plena expansão em SC, é compreensível a falta de atenção dos eleitores à disputa nas cidades. Mas a crise sanitária e econômica, por outro lado, expõe a responsabilidade dos nossos gestores em tomar decisões que impactam na vida de todos nós.
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Basta pensar em quantas medidas cabem às prefeituras duante a pandemia. Ficam sob cuidados dos prefeitos desde os cuidados nas unidades básicas de saúde, porta de entrada dos pacientes, até a interlocução com o Estado e o governo federal para garantir assistência a quem precisar de internação e UTI.
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Também está sob responsabilidade dos municípios a fiscalização das medidas sanitárias e decisões importantes sobre o regramento das atividades.
E os vereadores? As Câmaras aprovam as leis e fiscalizam o trabalho do Executivo. Durante este período de crise, uma das funções do Legislativo é observar se o prefeito cumpriu suas funções, se protegeu de forma efetiva pessoas e empregos, por exemplo. A Câmara também pode aprovar projetos enviados pela prefeitura que auxiliem ou desonerem empresários durante este momento de dificuldade.
A pandemia não é, evidentemente, o único problema a ser enfrentado nas cidades. Mas serve como exemplo do quanto ações e omissões interferem nas nossas vidas. Sob os cuidados dos municípios estão as escolas, os buracos de rua, o sistema de esgoto, o abastecimento de água – e muito mais. Por isso, é tão importante exercer o direito ao voto neste domingo. Mesmo que seja numa eleição diferente, sem abrir mão de todos os cuidados.
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