A demora de uma definição do Governo de Santa Catarina em relação à Volvo Ocean Race deixou mais próximo um contrato da Fórmula 1 dos Mares com a cidade de São Sebastião, no Litoral Norte de São Paulo. Salvador (BA) também está no páreo, mas São Sebastião tem a seu favor a localização mais ao Sul – o que evita um trecho muito longo de navegação após a travessia mais difícil da regata, no extremo Sul do planeta – e o apoio governamental.
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Nos bastidores, sabe-se que a presença de representantes do Governo do Estado de São Paulo na reunião da prefeitura de São Sebastião com a empresa The Sports Consultancy, que define o traçado da regata, balançou a concorrência. A Secretaria de Turismo de São Paulo é comandada pelo catarinense Vinícius Lummertz, ex-ministro do Turismo do governo Temer, que conhece de perto a transformação que a prova internacional representou para Santa Catarina.
Some-se a isso o fato de que São Paulo ofereceu quase 2 milhões de euros em contrapartida para a realização da prova, 35% a mais do que Itajaí. O aporte financeiro poderia ser compensado com a experiência, e essa era a grande aposta da organização local, que realizou três paradas da regata desde 2012, com recorde de público.
Ocorre que São Paulo ofereceu, junto com a proposta, o acordo com uma organizadora internacional de eventos – o que minou a vantagem de Itajaí.
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Apoio virá
O Estado investiu na última edição R$ 4,7 milhões e teve um retorno de R$ 6 milhões em ICMS, sem contar os R$ 83 milhões de movimentação econômica, que também geraram arrecadação em outras frentes. Ainda sem resposta sobre a próxima edição, a prefeitura apresentou em abril uma proposta financeira de 1,25 milhão de euros à organização.
Ontem, a presidente da Santur, Flavia Didomenico, afirmou que o Governo do Estado tem interesse em apoiar o Evento. Hoje, ela recebe o secretário de Turismo de Itajaí, Evandro Neiva. Na pauta, um eventual upgrade da proposta financeira.