Santa Cataria estava como uma ilha, cercada de assaltos por todos os lados. Mais cedo ou mais tarde, poderia estar na mira dos bandidos. É esta a explicação que se ouve nos bastidores da segurança pública em Santa Catarina sobre as recentes ocorrências envolvendo roubos a banco.

Continua depois da publicidade

Em duas semanas, registramos dois casos. Pelo menos um deles, nos moldes do "novo cangaço", tipo de assalto violento que causa terror pelo país. Foi em Blumenau, no dia 6 de setembro, quando bandidos invadiram uma agência do Bradesco, atiraram e fizeram clientes e funcionários do banco reféns.

Nesta sexta, em Penha, os assaltantes agrediram o segurança da agência do Banco do Brasil e ameaçaram funcionários, depois de quebrarem a porta giratória com uma marreta.

Para a polícia, há uma grande diferença na atuação dos dois grupos. A ação de Penha parece mais amadora – mas não menos perigosa.

Essa mudança é significativa porque pode indicar um “encorajamento” das quadrilhas. A resposta das forças de segurança precisa ser efetiva.

Continua depois da publicidade

Ocorrências assustam

Assaltos como os registrados nesses últimos dias em Santa Catarina são comuns em outros estados. Paraná e no Rio Grande do Sul, para falarmos em nossos vizinhos mais próximos, têm uma frequência relativamente alta desse tipo de crime, com dois casos por mês ou mais.

Assusta, porque faz de qualquer cidadão uma vítima em potencial. Funcionários do banco, clientes, ou alguém que enfrenta fila para pagar um boleto qualquer.

A Deic está com as investigações adiantadas sobre o caso de Blumenau, que ao que tudo indica foi cometido por uma quadrilha de fora. Em Penha, as buscas continuam. Mas há um detalhe importante a ser lembrado: a cidade tem histórico de ocorrências policiais envolvendo agências bancárias por falta de policiamento ostensivo. Além da repressão aos bandidos, esse é um ponto a ser atacado pelo Estado.