Os esforços de investigação para alcançar os financiadores do caos de 8 de janeiro têm esbarrado no “modus operandi” do atentado contra a democracia e a destruição das sedes dos três poderes. Fontes que acompanham a apuração em SC falaram à coluna, sob reserva, que os golpistas “terceirizaram” a obtenção de recursos e a organização das viagens.
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Veja cronologia dos ataques golpistas em Brasília e das medidas tomadas por autoridades
A atuação é diferente de outras situações investigadas anteriormente, e aumenta a dificuldade para encontrar os fiadores do golpismo espalhados pelos estados. Descobrir quem são os grandes financiadores continua sendo um dos principais objetivos das investigações.
Isso inclui não apenas o aporte de recursos para viabilizar o envio de milhares de pessoas a Brasília, mas também a apuração sobre quem pagou pela manutenção de acampamentos golpistas que funcionaram frente aos quartéis ao longo dos últimos meses.
Qual o futuro do bolsonarismo radical após fracasso de ato golpista?
Nesta segunda-feira (16), a agência Reuters publicou que as transferências feitas via PIX para ajudar a custear o transporte e alimentação dos participantes do ataque às sedes dos três poderes estão sendo rastreadas para chegar aos patrocinadores. Policiais ouvidos em sigilo disseram que os primeiros achados relevantes apontam para fazendeiros e empresários do ramo de transporte em redutos bolsonaristas.
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