Por que o Porto de Itajaí interessa a árabes e chineses

Em viagem oficial pelos Emirados Árabes, o governador Jorginho Mello (PL) ouviu nesta terça-feira (20) da diretoria da gigante do setor portuário DP World que a empresa tem interesse no leilão de concessão do Porto de Itajaí, que deve ocorrer em 2025. A informação foi confirmada pelo colega Renato Igor, que acompanha a comitiva. No momento, o terminal está em concessão provisória à empresa nacional Mada Araújo.

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O interesse dos árabes já havia sido adiantado pela coluna em abril de 2022, quando foi divulgada primeira minuta de edital do leilão pelo governo federal. O processo não caminhou, o porto chegou a ficar um ano sem receber contêineres, mas a perspectiva de lançamento de um novo processo anima os operadores nos Emirados. E eles não estão sozinhos: empresas chinesas de operação portuária também estão de olho na futura concessão.

Atualmente, os europeus dominam a navegação marítima, com gigantes como a dinamarquesa Maersk e a suíça MSC, que concentram a maior fatia do mercado. Mas grandes operadoras da China e Emirados Árabes têm despontado como concorrentes de peso e bastante vorazes, interessadas em aumentar a zona de influência.

Os dois países têm gigantes do setor em processo de expansão, e o Brasil é visto como um ponto estratégico.

Além de árabes e chineses, a tendência é que outras empresas internacionais também entrem na disputa. A atual concessionária temporária do porto também anunciou que pretende concorrer. O contrato futuro é de 35 anos, prorrogáveis por mais 35.