Um dos governadores mais próximos de Jair Bolsonaro, Jorginho Mello não irá ao ato convocado pelo ex-presidente em São Paulo para se defender das acusações gravíssimas de tentativa de golpe de Estado. O governador estará em viagem a Dubai, nos Emirados Árabes, para onde embarca no próximo sábado (17).

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A missão oficial está marcada desde o ano passado – deveria ter ocorrido em outubro, mas foi adiada em razão das chuvas que atingiram o Estado.

Jorginho foi até agora o único governador que se manifestou publicamente em defesa de Bolsonaro desde a operação da última quinta-feira (8), que respingou sobre o ex-presidente e sobre o PL. Questionado por repórteres em Joinville, disse que “Bolsonaro é um homem decente” e que a Polícia Federal está “procurando pelo em ovo”.

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O ato em São Paulo está sendo visto como um “teste de bolsonarismo” para os governadores de oposição, como Tarcísio Gomes de Freitas, Romeu Zema e Ronaldo Caiado. Mas é também uma saia-justa.

A cobrança é grande porque, nos últimos dias, Lula fez movimentos de aproximação com os governadores que não pegaram nada bem com a base bolsonarista. Tarcísio, por exemplo, ainda está sendo cobrado pela interação amistosa com o presidente da República em um evento em Santos. A presença na manifestação seria como “fazer as pazes” com o eleitorado.

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Por outro lado, o ato de Bolsonaro tem um sério risco de descambar para afronta institucional – e potencial para implicar quem estiver no palanque.

Há prejuízos políticos nas duas escolhas, comparecer ou não. No outro lado do mundo, em Dubai, Jorginho não precisará fazer essa conta.

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Veja momentos entre Jorginho e Bolsonaro: