Por que Itajaí é a bola da vez do setor hoteleiro em Santa Catarina

A rede Mercure começou a operar o primeiro hotel com a bandeira da marca em Itajaí. Com 176 apartamentos, o empreendimento uma parceria entre a construtora Procave e a Atrio, que administra o hotel.

Com vista para a movimentação dos portos de Itajaí e Navegantes o hotel é o mais recente de uma série de investimentos do setor de hospedagem, que transformou Itajaí na “bola da vez” da hotelaria na região: são quatro novos hotéis nos últimos dois anos, que dobraram a oferta de leitos na cidade – hoje, são mais de 3,5 mil. Um incremento que chega perto dos 30%.

Para o secretário de Turismo, Evandro Neiva, foi a chegada da Volvo Ocean Race, em 2012, o pontapé inicial para o desenvolvimento da hotelaria. Na época, a maioria dos turistas e operadores internacionais da regata se hospedaram em Balneário Camboriú, por falta de hotéis em Itajaí.

De lá para cá, o turismo teve um importante upgrade, impulsionado pela náutica. E os hotéis seguiram a mesma tendência.

Em meio à crise que tomou conta do país, desde 2015, estruturas antigas foram reformadas e ampliadas em Itajaí, e novas redes chegaram. Para os investidores, é a ocupação de outro tipo de turismo, o de negócios, o principal atrativo de Itajaí. Foi o que garantiu, nos últimos anos, uma média de ocupação de 40% a 60% dos leitos em meses de baixa temporada. Um índice que está acima da média da região, e independe de sol e mar.

A expectativa é que a demanda aumente ainda mais com a retomada do mercado de cruzeiros em Itajaí. A cidade será a única no Sul do país a ter embarque em transatlânticos, a partir desta temporada. Os roteiros levarão os turistas para a Argentina e o Uruguai.