O desenho incomum da nova ciclovia da Estrada da Rainha, em Balneário Camboriú, vem chamando atenção desde o início das obras, em setembro. Concluído na última sexta-feira (4), quando foi entregue a iluminação, o trecho em zigue-zague ficou ainda mais chamativo com pintura e sinalização – e tem gerado comentários nas redes sociais.
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O que parece ser mais um chamariz turístico é, na verdade, engenharia de segurança. O projeto da ciclovia foi desenhado pelos engenheiros de trânsito da prefeitura, em parceria com a Associação de Cicloturismo de Balneário Camboriú. A ideia era forçar a redução da velocidade para reduzir os riscos de acidentes no trecho.
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Só este ano, dois ciclistas morreram na descida da Estrada da Rainha. Ricieri Moraes, diretor da BC Trânsito, explica por que o trecho era perigoso:
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– A descida era retilínea e a via tem grau de aclive de 20%. Naquele trecho, descendo sem frear, a bicicleta atinge 70 km/h. O impacto de um acidente é extremamente grave.
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A proposta das curvas é forçar os ciclistas a controlarem a velocidade e usarem o freio. Deu certo: desde a implantação, há dois meses, não houve nenhum acidente grave no local.
O modelo deve se repetir no outro lado do morro, na descida em direção à Praia dos Amores, onde os ciclistas também atingem alta velocidade e onde foi registrada uma morte este ano. Segundo Moraes, o projeto do novo traçado está sendo finalizado e deve começar a ser implantado ainda neste verão.
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