Parece inacreditável que, em meio à tragédia do Rio Grande do Sul, que mobiliza o empenho de governos, de empresas, e a união de milhões de brasileiros, pessoas se empenhem em criar e distribuir desinformação pela internet.

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O cientista político e pesquisador Christian Lynch fez uma análise precisa sobre o fenômeno. O desastre climático no Rio Grande do Sul foi capaz de despertar uma comoção coletiva e uma solidariedade cívica que há tempos o país não vivia. De todo o Brasil, vêm notícias de pessoas genuinamente comprometidas em ajudar como podem.

Ocorre que a empatia rompe a lógica da divisão – base da “guerra cultural” que alimenta o extremismo. Por isso, ela desestabiliza quem se ancora na cisão.

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A estratégia dos celerados, então, é atrapalhar com mentiras. Romper a ordem. Dividir. É perverso, especialmente com aqueles que precisam desesperadamente de ajuda – e que também acabam sendo vítimas da desinformação perniciosa.

Socorristas e policiais estão há dias implorando que as pessoas não compartilhem e não acreditem em informações falsas. Colegas jornalistas que estão empenhados na cobertura da tragédia do Rio Grande do Sul, mostrando a situação dramática para todo o mundo, relataram nesta quinta-feira estar sofrendo retaliações de pessoas contaminadas pela onda de desinformação que se alastra em meio ao desespero. É assim que trabalham os engenheiros do caos.

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O Ministério Público e a Polícia Federal estão empenhados em identificar os propagadores de mentiras. Não se trata de punir quem cai inocentemente na rede de desinformação. Mas quem, sem escrúpulos, faz dela uma fábrica de maldades.