O delegado Alexandre Carvalho de Oliveira, responsável pelas investigações que envolvem um médico clínico geral de 39 anos, suspeito de estuprar pacientes, disse que pelo menos uma das vítimas já foi identificada. O reconhecimento é trabalhoso, já que há casos em que as mulheres que foram abusadas estavam desacordadas, segundo a polícia. O médico está preso desde 16 de fevereiro, em Itajaí.

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A prisão é temporária, válida por 30 dias. A previsão é que ele seja ouvido pelo delegado após o Carnaval _ a polícia aguardava que advogados do médico se apresentassem para que acompanhem o depoimento.

De acordo com o delegado, os vídeos entregues à polícia, que teriam sido gravados pelo próprio médico, apontam para 15 vítimas. A investigação também já conseguiu identificar os locais onde ocorreram os supostos crimes. São diferentes unidades de saúde, em três cidades do Litoral e uma do Vale do Itajaí.

A apuração indica que os crimes teriam ocorrido desde 2017. A polícia indica dois tipos diferentes de abuso. Na maioria dos casos, o médico filmou as pacientes nuas, sem autorização _ dizia a elas que estava usando o celular para iluminação durante exames.

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Há suspeitas de que ele tenha ainda desrespeitado protocolos médicos, tocando intimamente as pacientes, por exemplo, sem que houvesse necessidade. Segundo o delegado, esses casos se enquadram em “estupro mediante fraude”, ou seja, abusos em que a vítima é enganada.

Outros casos configuram, para a polícia, estupro de vulnerável. São situações em que a vítima não tinha possibilidade de resistência, considerados crime hediondo. Em um dos casos, a vítima estava imobilizada em uma maca, aparentemente após um acidente.

A polícia não confirma, por enquanto, a identidade do médico.