Policiais federais ocuparam o Porto de Itajaí nesta quarta-feira (13) para neutralizar uma tentativa de invasão em que três funcionários do terminal foram feitos reféns. As cenas eram reais, mas a ocorrência não: a emergência é parte de um exercício simulado executado pela Comissão Estadual de Segurança Pública em Portos, Terminais e Vias Navegáveis (Cesportos). Foi o maior treinamento desse tipo já feito em SC, e um dos maiores do Brasil.
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Policiais federais fingem ser bandidos para testar segurança em porto de SC; assista
Durante a simulação, policiais federais se passaram por criminosos que chegaram ao porto em uma embarcação, no Rio Itajaí-Açu, e tentaram içar uma bolsa com drogas para dentro de um navio. Descobertos pela Polícia Federal, eles encostaram o barco num dos berços de atracação, entraram na área restrita do porto e renderam três trabalhadores, com o objetivo de escapar.
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O delegado Thiago Giavarotti, coordenador da Cesportos/SC, diz que a equipe que participa do simulado não sabe qual será a ação dos “criminosos”. A negociação para liberação dos reféns levou duas horas, mas o exercício terminou com sucesso.
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Momento em que policiais federais prendem um dos ‘criminosos’ que fizeram três reféns no Porto de Itajaí. Mas calma: era uma simulação. Conto mais na coluna, no https://t.co/1ZcxiCk9BX pic.twitter.com/4U0S34cc9W
— dagmara spautz (@dspautzsc) May 13, 2021
Giavarotti explica que o objetivo de ações como essa, que envolvem negociação, é preservar vidas e cumprir a lei. No exercício simulado, os policiais treinam para ocorrências reais e testam os protocolos de segurança do terminal.
Os portos catarinenses já enfrentaram invasões de criminosos ligados ao tráfico internacional de drogas, mas nunca houve uma ocorrência real com reféns envolvendo esse tipo de crime.
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Navio trancado
No entanto, uma negociação semelhante à que foi feita nesta quarta-feira pelos policiais já ocorreu na “vida real”. Foi em 2015, quando um protesto de pescadores fechou o Rio Itajaí-Açu e impediu a movimentação do navio de cruzeiro Empress, que estava atracado no porto com milhares de turistas a bordo.
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A exemplo do que ocorreu no exercício, naquela situação também foi montado um gabinete de crise para negociar com os manifestantes. As conversas duraram cerca de 48 horas, período em que o navio permaneceu parado no porto.
Mobilização
A Polícia Federal informou em nota que 20 agentes participaram da operação nesta quarta-feira. Mas o número chegou ao dobro, se considerada toda a mobilização do treinamento. Participaram do simulado policiais federais lotados em Itajaí, Joinville e Florianópolis, além dos Núcleos Especiais de Polícia Marítima de Santa Catarina (Nepom) e de integrantes do Comando de Operações Táticas da Polícia Federal (COT), de Brasília. Oficiais da Marinha do Brasil e equipes especializadas da Polícia Civil de SC participaram como observadores.
A Cesportos, que organizou o exercício, é coordenada pela Polícia Federal e tem integrantes da Receita Federal, Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), Marinha do Brasil, autoridades portuárias e do Governo do Estado de Santa Catarina.
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