O novo Plano Nacional de Defesa Civil promete inverter o foco de atenção para concentrar mais esforços nos sistemas de alerta e prevenção, e não apenas na resposta aos eventos climáticos extremos. Esta é uma das conclusões da prévia do plano, que foi apresentada ao Congresso Nacional nesta semana pelo ministro da Integraçao e Desenvolvimento Regional, Waldez Góes.
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No segundo semestre do ano passado, prefeitos de cidades catarinenses atingidas pelas chuvas foram ouvidos sobre as principais demandas dos municípios e os avanços necessários para formatação do plano nacional. Entre as mudanças previstas, sob demanda dos municípios de SC, estão o acesso facilitado aos recursos disponíveis.
Uma das grandes dificuldades relatadas pelas prefeituras catarinenses foi justamente a burocracia envolvida na liberação de recursos, o que deve ser melhorado com o plano nacional.
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Além disso, estão previstas ações para melhorar a comunicação e a preparação das comunidades onde os riscos são mais elevados. Ao longo dos últimos meses, pesquisadores de diferentes universidades avaliaram quais são as áreas mais vulneráveis do país e o índice de Risco Qualitativo – um novo indicador que avalia não apenas o número de mortes em eventos extremos recentes, mas também os prejuízos materiais e a curva histórica em cada localidade.
Quanto à vulnerabilidade, o levantamento preliminar chama atenção para as áreas ao Leste de Santa Catarina e Rio Grande do Sul como as mais sujeitas a eventos pluviométricos – ou seja, aqueles relacionados a chuvas e rajadas de vento – até 2040.
O Plano Nacional de Defesa Civil está previsto em lei no Brasil desde 2012. No entanto, somente agora está sendo colocado em prática. Após a apresentação, em junho, o texto passará pelo Congresso Nacional antes de ser implementado.