A nova perícia feita no BMW em que estavam os quatro jovens que morreram após o Réveillon em Balneário Camboriú comprovou que o carro passou por alterações na configuração de fábrica, o que atesta a customização. Os testes, feitos pela Polícia Civil e a Polícia Científica, tiveram a participação de técnicos da montadora.
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Segundo informações extraoficiais, parte da equipe da BMW é de São Paulo. Um técnico da matriz, na Alemanha, também estaria participando das análises. O veículo, modelo 320i Sport, é ano 2022 e custa cerca de R$ 250 mil.
O delegado Vicente Soares, responsável pela investigação, disse que foram feitos “vários testes e comparações” e que tudo será analisado para a elaboração do laudo final. Mas confirmou que foi constatado vazamento de monóxido de carbono.
– Realmente havia uma customização no carro que tinha um defeito, que causava o vazamento de monóxido de carbono.
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Um outro teste feito no carro, utilizando um equipamento medidor do Corpo de Bombeiros, aferiu que quantidade de monóxido de carbono no carro, com o veículo todo fechado, chegou a níveis perigosos em apenas 25 minutos, segundo informações preliminares.
Perícia faz contagem de gás tóxico em BMW de jovens que morreram em Balneário Camboriú
A principal suspeita da Polícia Civil é que os jovens tenham se intoxicado com o gás, que teria vazado para dentro do veículo pelo ar condicionado – mas nenhuma hipótese é descartada até que todos os exames sejam concluídos, inclusive as análises toxicológicas de sangue e urina.
A expectativa é que esses resutados saiam na semana que vem, e ajudem a esclarecer a causa da morte dos jovens. A Polícia Científica evita, por enquanto, divulgar conclusões.
O BMW Group Brasil não comentou a análise técnica. Em nota, diz que “continua à disposição das autoridades para esclarecimentos e para investigação do caso”.
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