A nomeação da delegada Aletea Kunde como Superintendente da Polícia Federal em Santa Catarina foi bem vista pela corporação. Fontes ouvidas pela coluna destacaram o perfil “operacional” da delegada.

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Aletea estava lotada no Rio Grande do Sul e já foi delegada regional executiva, o posto “zero dois” das superintendências estaduais. Nos últimos dois anos, chefiou a Delegacia de Repressão aos Entorpecentes (DRE) gaúcha. Também já respondeu pela chefia do grupo de repressão a crimes financeiros e lavagem de dinheiro, e pela Delegacia de Repressão a Crimes contra o Meio Ambiente e Patrimônio Histórico.

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A delegada esteve à frente de grandes investigações, como a que resultou em prisões de servidores públicos do Ibama e do Ministério da Pesca, em 2015, por concessões ilegais de licenças de pesca – inclusive em Santa Catarina. A estimativa foi que a organização tenha gerado um prejuízo de R$ 1,4 bilhão em danos ambientais.

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Outro crime de grande repercussão em que a nova superintendente da PF em Santa Catarina comandou as investigações foi a Operação Geminus, que apurou o fluxo de cocaína do Mato Grosso do Sul para o Rio Grande do Sul usando compartimentos ocultos em caminhões de carga que transportavam grãos. A Justiça sequestrou R$ 50 milhões em bens da quadrilha.
A experiência da nova superintendente com o trabalho “de campo”, em investigações, traz perspectiva de fortalecimento na atuação da PF em Santa Catarina. Ela substitui o delegado Luiz Carlos Korff Filho.

O governo Lula substituiu 20 superintendentes da PF em todo o país. Nove chefias estaduais foram assumidas por mulheres.

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