O corpo de Patrícia Vitório dos Santos, assassinada na noite de sábado em Itajaí, foi enterrado no final da manhã desta segunda-feira (19) em Honório Serpa, no Sudoeste do Paraná.
Continua depois da publicidade
Patrícia nasceu e passou a infância e adolescência em uma chácara no interior da pequena cidade de 5,3 mil habitantes, onde vive a mãe e os três irmãos. Ela deixa o marido e dois filhos pequenos, um de quatro anos e outro de quatro meses.
Para a família, é um momento de muita dor. Os irmãos se viam duas vezes por ano, quando Patrícia viajava ao Paraná para visitar a mãe.
— Balançou nossa estrutura, não caiu a ficha ainda. Ela era jovem, bonita, saudável. Se fosse por doença, a gente entenderia mais fácil – disse, por telefone, o irmão de Patrícia, Vagner Abel Vitório, 21 anos, logo após o sepultamento.
Religiosa e inteligente
Abel descreve a irmã como uma mulher tranquila, religiosa e inteligente. Patrícia estudou no Paraná até o Ensino Médio, e logo se mudou para SC para casar. Conheceu o marido em Honório Serpa, mas ele havia deixado a cidade no Paraná.
Continua depois da publicidade
Habituada à vida no campo, e desenhista talentosa, Patrícia tinha o sonho de cursar faculdade de Veterinária ou Arquitetura. Estava tentando uma bolsa para ensino à distância, segundo o irmão.
Nos últimos tempos, com um bebê de colo, trabalhava como vendedora autônoma. Já havia também trabalhado com acabamento de roupas íntimas, que ela fazia em casa. Era cheia de sonhos e de vida.
Suspeito se entregou à polícia
A notícia da morte de Patrícia chegou aos familiares do Paraná pelo sogro dela, no domingo. No sábado à noite, Francisco Helder Barbosa, 37 anos, procurou o quartel da Polícia Militar no Bairro São Vicente, em Itajaí, dizendo que havia matado uma mulher e que o corpo estava dentro de seu carro.
Os policiais encontraram Patrícia no banco de passageiros, com um ferimento profundo no pescoço. Francisco foi preso, passou mal e está hospitalizado.
Continua depois da publicidade
O irmão de Patrícia, Abel, disse nunca havia ouvido falar de Francisco.
— O que fica é a tristeza, muita mágoa. Esperamos que a justiça seja feita – afirmou.