O descontrole da pandemia é a primeira e mais importante tarefa de Carlos Moisés (PSL) em seu retorno ao governo de Santa Catarina. E, para isso, é fundamental que o governador adote, em relação ao coronavírus,a mesma postura que promete em relação aos processos de impeachment: ‘quebrar o retrovisor’.

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A expressão, usada por Moisés em entrevista ao colega Raphael Faraco na rádio CBN, na sexta-feira (27), significa deixar o passado para trás e governar de olho no presente e no futuro. Faz sentido.

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O governador trouxe uma mensagem importante ao reassumir o Estado. Alertou para a gravidade da pandemia e para a necessidade de uma ação integrada. Mas soou preso, ainda, aos louros de uma gestão que foi bem avaliada no começo da crise. Voltou a falar sobre um momento da gestão que foi destaque no país, mas que não encontra eco nós números atuais.

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Para que Santa Catarina vença a Covid-19, é necessário que o governo reconheça ter, há meses, falhado por adotar a retaguarda. É fato que Daniela Reinehr devolveu o mapa do Estado pintado de vermelho a Moisés, depois de ter subestimado a pandemia. Mas a vice-governadora não chegou a esse resultado sozinha. Acuado politicamente, o Moisés recuou há meses na gestão da crise. A reaceleração que colhemos, hoje, também é resultado desse movimento.

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Moisés precisa reconhecer que errou para seguir em frente. Fez bem em cobrar do alto comando da Polícia Militar e dos Bombeiros que atuem na fiscalização, como adiantou o colega Anderson Silva. Mas é necessário que observe e reconheça as dificuldades que existem dentro da própria estrutura administrativa para que as coisas funcionem. 

Como a falta de máscara do comandante geral da PMSC, coronel Dionei Tonet, durante a visita do presidente Jair Bolsonaro a Florianópolis no início do mês – e o fato de que uma foto, registrando o desrespeito às regras, foi parar de forma displicente nas redes sociais da própria corporação. Um péssimo exemplo.

Para vencer o coronavírus, Moisés precisa combater o negacionismo. Inclusive o que diz respeito aos erros de cálculo de seu próprio governo no combate ao coronavírus.

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