Cidades de Santa Catarina que fazem campanhas contra esmolas têm sido denunciadas, desde quinta-feira (26), pelo Padre Julio Lancellotti, coordenador da Pastoral do Povo na Arquidiocese de São Paulo e ativista pelos direitos humanos. Padre Julio está em campanha aberta contra a aporofobia, termo cunhado pela filósofa espanhola Adela Cortina que significa “aversão aos pobres”.

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Entrevista: Esmola é questão de foro íntimo e decisão não cabe ao Estado, diz padre Julio Lancellotti

A primeira cidade catarinense a aparecer entre as publicações do padre foi Florianópolis, seguida de Balneário Camboriú. Depois, vieram Porto União, Jaraguá do Sul e Itajaí. Também há imagens de municípios nos estados de São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Minas Gerais.

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Todas têm o mesmo teor, mostram campanhas publicitárias nas ruas ou nas redes sociais, patrocinadas pelas prefeituras, que pedem que a população não forneça esmolas. Na legenda, o padre escreve “aporofobia em ação”.

As publicações têm recebido comentários de todo o país, em que os seguidores apontam outros municípios, em diferentes estados, que também recomendam ou determinam que não se deem esmolas.

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As campanhas feitas pelas prefeituras costumam ter como objetivo incentivar a procura pelos órgãos de assistência social pela população em situação de rua. No entanto, a demanda tem aumentado consideravelmente diante da crise econômica, que empurra brasileiros para situação de miséria.

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Balneário Camboriú
Balneário Camboriú – (Foto: Reprodução, Instagram)
Florianópolis
Florianópolis – (Foto: Reprodução, Instagram)
Itajaí
Itajaí – (Foto: Reprodução, Instagram)
Jaraguá do Sul
Jaraguá do Sul – (Foto: Reprodução, Instagram)
Porto União
Porto União – (Foto: Reprodução, Instagram)

Multa para pedintes

Em 2017, a Câmara de Vereadores de Balneário Camboriú aprovou um projeto de lei que estabelecia multa de R$ 500 a R$ 2,6 mil para pedintes, vendedores e artistas de rua que estivessem nos semáforos. A proposta era do vereador Marcos Kurtz (então no MDB, hoje no Podemos), que atualmente preside o Legislativo. A repercussão negativa levou o prefeito Fabricio Oliveira (Podemos) a vetar a lei. 

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