O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ministro da Educação, Camilo Santana, anunciaram nesta segunda-feira (10), em reunião com os reitores, um total de R$ 5,5 bilhões para o PAC Universidades, que vai custear obras nas universidades e hospitais federais ligados às instituições de ensino. A liberação de recursos é uma respost do governo à greve das universidades e institutos federais, que completará 70 dias nesta terça (11).

Continua depois da publicidade

Entre na comunidade exclusiva de colunistas do NSC Total

Entre as obras contempladas, 58 estão na região Sul e receberão R$ 322 milhões. A lista completa ainda não foi divulgada.

Também foram anunciados R$ 400 milhões em reforço orçamentário, o que traz um alívio para os reitores fecharem as contas de 2024. Na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), por exemplo, a estimativa era que o orçamento disponível seria suficiente apenas até o mês de outubro.

Governador pede desculpas a desembargador por fala sobre “boca torta”

Continua depois da publicidade

Os anúncios foram feitos no Planácio do Planalto com a presença de reitores de universidades e institutos federais de todo o país – muitos deles, com professores e técnicos em greve. A expectativa do governo é fazer um gesto à categoria, que, entre outras demandas, pede melhoria no orçamento das instituições. O maior impasse, no entanto, está na negociação salarial, que não tem avançado.

Uma série de “recados” foram dados pelo governo ao longo da reunião. O ministro Camilo Santana falou na impossibilidade de recompor todas as perdas dos últimos anos de uma só vez. O presidente Lula, que já foi dirigente sindical, disse que é preciso ter “coragem para terminar uma greve”.

A resposta não demorou a chegar. Entidades que representam o movimento grevista distribuíram notas em que criticaram a postura do governo, e a dificuldade de negociação. O anúncio de que serão abertos novos campi de universidades federais, em meio à dificuldade de negociação salarial, também desagradou as entidades.