Um exemplo que vem do Piauí pode ajudar Santa Catarina no combate à violência contra a mulher e na redução dos índices trágicos de feminicídio. Por lá funciona o primeiro policiamento de gênero no país, com equipes de plantão formadas somente por mulheres policiais civis.
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O Plantão Policial Civil de Gênero faz parte de um núcleo mais amplo, que inclui uma equipe multidisciplinar para aperfeiçoar técnicas de investigação e prevenção contra o feminicídio. No caso do plantão, a equipe feminina faz com que as mulheres se sintam mais acolhidas e seguras para denunciar os agressores – e este é um diferencial importante no combate a esse tipo de crime. Em SC, nenhuma das nove vítimas de feminicídio neste início de ano havia denunciado o agressor. Isso significa que nenhuma delas havia sido mapeada e protegida pelos órgãos de segurança.
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A criação de um modelo semelhante ao do Piauí em Santa Catarina é uma das recomendações feitas pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE-SC), após uma ampla auditoria na rede de atendimento e apoio às mulheres que são vítimas de violência em SC, motivada pelo alto número de casos ao longo dos anos. O texto sugere que a Secretaria de Estado de Segurança Pública estude a criação de plantões de gênero nos finais de semana em cidades como Florianópolis, Joinville, e outras com grande demanda de atendimentos.
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O conjunto de recomendações, aprovado em dezembro, é bastante amplo e vai desde apontamentos para melhorar o atendimento inicial – como é o caso dos plantões de gênero – até estruturação da rede de abrigos e de oportunidades para a mulher iniciar uma nova vida, longe do agressor.
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