Luciano Hang tem dito a interlocutores que logo após o Carnaval vai formalizar a filiação a um partido para concorrer ao Senado. A entrada do empresário na corrida eleitoral é dada como certa no meio político, embora ele ainda evite confirmar oficialmente a decisão. A esta altura, dois partidos estão mais próximos de Hang – Patriota e especialmente Republicanos. Mas ele levará em conta uma opinião antes de assinar a ficha de filiação: a do presidente Jair Bolsonaro (PL).
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Nesta semana, a previsão era de que Hang fosse recebido por Bolsonaro em Brasília para ajustar detalhes sobre a filiação. Ao que tudo indica, a conversa foi adiada.
Bolsonaro está em meio a uma crise com o Republicanos, que pode afetar o projeto de Hang em Santa Catarina. A executiva nacional do partido anda incomodada com movimentos do presidente para levar nomes filiados e sondados pelo Republicanos para o PL. Irritado, o presidente da sigla, deputado federal Marcos Pereira, recusou duas vezes convites de Bolsonaro para conversar nesta semana.
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A situação com o Republicanos acendeu o sinal de alerta no Palácio do Planalto porque ameaça a trinca construída por Bolsonaro para dar sustentação ao projeto de reeleição, formada por Republicanos, PL e PP.
O fato é que as sondagens para inflar os quadros do PL, o novo partido do presidente, são notórias. Seria o caminho preferido de Bolsonaro para Hang, segundo interlocutores.
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O empresário bolsonarista recebeu convite do senador Jorginho Mello, presidente do PL no Estado, e chegou a encontrar com ele recentemente para conversar novamente. Mas Hang tem pelo menos duas ressalvas ao PL: a primeira é o presidente nacional do partido, Waldemar Costa Neto. A segunda é a vontade de concorrer a senador sem se ligar a nenhum candidato ao Governo do Estado, o que não seria possível no PL de Jorginho.
Já o Republicanos escancarou as portas para Hang e trata sua possível candidatura ao Senado como projeto número um no Estado. Presidente do partido em SC, o deputado Sérgio Motta diz que a construção das candidaturas proporcionais é o plano A para o partido. Nesse cenário, a possível filiação do governador Carlos Moisés no Republicanos para concorrer à reeleição é plano B – assim como a possibilidade de adesão à candidatura de Jorginho Mello, que também não está descartada.
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