A esquerda aponta a tese do voto envergonhado para apostar que os números de do ex-presidente Lula (PT) e de Décio Lima (PT) podem surpreender nas urnas em Santa Catarina no próximo domingo, para além do que indicam as pesquisas eleitorais.
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Espiral do silêncio
O voto envergonhado é chamado assim quando os eleitores se sentem melindrados de externalizar a opção política. É um fenômeno relacionado à teoria da espiral do silêncio, que foi elaborada pela norte-americana Elisabeth Noelle-Neumann na década de 60.
Maioria X minoria
Basicamente, a espiral do silêncio é identificada quando uma pessoa discorda da opinião da maioria, e prefere silenciar para evitar transtornos. Em Santa Catarina, onde a maioria do eleitorado é bolsonarista – metade dos eleitores devem votar em Bolsonaro, segundo a pesquisa Ipec contratada pela NSC – isso poderia melindrar a manifestação de eleitores que rejeitam Bolsonaro.
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Voto com medo
Outro estímulo ao voto envergonhado é a sensação de insegurança nestas eleições. Situações de violência têm deixado o eleitor mais retraído, e isso poderia, segundo analistas, estimular o voto envergonhado.
Reserva
A campanha do PT em Santa Catarina aposta nessa percepção e relata que ouve de eleitores pelo estado “confissões reservadas” de voto. Mesmo se confirmado o fenômeno, é improvável inverter os números de Lula e Bolsonaro no Estado, diante da consolidação do bolsonarismo como pensamento majoritário. Mas pode dar ao petista uma votação maior do que a expectativa.