A campanha de Lula prepara uma viagem de três dias à região Sul na próxima semana, incluindo Santa Catarina. Acompanhado de Geraldo Alckmin (PSB), o ex-presidente chega na sexta-feira (16) ao Rio Grande do Sul, visita o Paraná no sábado (17), e no domingo (18) fará um ato no Largo da Alfândega, em Florianópolis.
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A agenda foi uma decisão do próprio Lula, e provocou uma confusão na cúpula do PT. Parte dos estrategistas defendia que, diante do crescimento do presidente Jair Bolsonaro (PL) nos estados do Sudeste, o ex-presidente deveria focar na região e intensificar os atos de campanha em estados como São Paulo e Minas Gerais, que são decisivos, nesta reta final. Mas a palavra final, como se sabe, é de Lula – e ele resolveu vir ao Sul.
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Na quinta-feira (8), o ex-presidente telefonou para Décio Lima, Roberto Requião, que concorre ao governo do Paraná, e Edegar Pretto, que é o candidato do PT ao governo do Rio Grande do Sul. Queria saber deles, pessoalmente, como anda a campanha nos três estados.
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A Décio, disse que faz questão de vir a Santa Catarina porque quer o PT no segundo turno na eleição estadual – uma hipótese que não é descartada, diante do cenário complicado da disputa ao governo do Estado. Para isso, Décio precisa captar o eleitor do ex-presidente.
O fato é que a vinda de Lula tende a impulsionar as três candidaturas estaduais do PT na região Sul. É essa a conta do ex-presidente. Colocar os candidatos do partido no segundo turno nos estados também garante Lula no palanque e uma vantagem estratégica na região caso a eleição nacional não se resolva no primeiro turno- o que, hoje, as pesquisas indicam como cenário provável.
Ainda que o Sul não tenha um eleitorado tão relevante quanto o Sudeste e o Nordeste, que correspondem a 42% e 27% dos votos no país, respectivamente, a região é a terceira em volume de eleitores, com 14%. São 22 milhões de votos, um volume que não é desprezível. Especialmente num disputado segundo turno.