Santa Catarina deu um dos 14 votos contrários na votação de primeiro turno da PEC Kamikase, que destina R$ 41 bilhões para benefícios sociais. O deputado Gilson Marques (Novo) seguiu a orientação do partido, e foi contrário à proposta. Todos os demais deputados da bancada catarinense votaram a favor.
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No Senado, somente o senador José Serra (PSDB) votou contra a PEC. Embora classifique a proposta de eleitoreira, a oposição tem votado a favor o governo alegando que não poderia ir contra benefícios sociais.
A PEC dribla a lei eleitoral e a legislação fiscal para aumentar o valor do Auxílio Brasil, do vale gás, e liberar o PIX caminhoneiro, entre outras medidas.
Em conversa com a coluna na manhã desta quarta-feira (13), antes da retomada da votação na Câmara, o deputado Gilson Marques disse que a PEC é uma “política desastrosa” porque escolhe algumas categorias para serem beneficiadas com subsídios – taxistas, caminhoneiros e usineiros. Mas todos os brasileiros pagarão a conta.
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– Não se pode ter a arrogância de achar qual a mais prejudicada e que deve ser beneficiada às custas do dinheiro alheio. Se o governo imprimir moeda para cobrir esse déficit, o efeito será contrário ao que a PEC está propondo. Vai estar contribuindo para mais inflação e aumento dos juros.
O deputado considera que a vedação eleitoral é “secundária”, diante da liberação de recursos.
– Votaríamos contra em qualquer momento. Mas o fato de ser em ano eleitoral cria um precedente perigoso, porque permite que o político do momento faça o mesmo com a categoria que escolher, e em valores ainda maiores. Se fosse a Dilma, e ela propôs algo parecido, muitos dos que estão votando a favor seriam contrários. E vice-versa.
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