A decisão da campanha de Lula de suspender a passagem por Joinville nesta quarta-feira passou pela avaliação da cúpula nacional, que não conseguiu viabilizar a logística para encaixar Joinville entre uma passagem do ex-presidente pelo Rio Grande do Sul e outra por São Paulo – na sequência, ele vai a Recife (PE).
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Outro ponto também foi levado em conta: os dirigentes nacionais preferem concentrar esforços em regiões do país onde há mais espaço para ganhar votos. Assim como ocorreu no primeiro turno, a decisão de vir a SC foi tomada por Lula – bem como foi dele a escolha por Joinville. O ex-presidente queria passar pela mesma cidade onde Bolsonaro fechou a campanha de primeiro turno.
A passeata pelo maior colégio eleitoral de SC não era a primeira opção para o diretório estadual, porque Joinville tem um cenário mais refratário ao PT do que Florianópolis. Bolsonaro fez 68,98% dos votos no primeiro turno na cidade, contra 21,49% de Lula. Um cenário bem diferente da Capital, onde Lula reuniu uma multidão em setembro – e onde fez 42,43% dos votos, contra 45,67% de Bolsonaro.
Outro motivo de divergência era data e horário, quarta-feira no meio da tarde. A militância petista estava se organizando para participar do ato, mas a campanha já aguardava uma adesão menor do que em Florianópolis, onde o comício ocorreu no fim de semana.
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Uma última questão considerada pela equipe mais próxima de Lula, segundo fontes ouvidas pela coluna, foram ameaças à segurança do ex-presidente. Mensagens que circularam nas redes sociais nos últimos dias deixaram a equipe de segurança em alerta ao convocarem bolsonaristas para conter a passagem de Lula por Joinville. Havia, inclusive, ameaça de bloqueio de rodovias – situações que potencializam o risco de confrontos.
Com a suspensão da agenda, ainda não está certo se Lula voltará a Santa Catarina antes do segundo turno. O próprio ex-presidente anunciou que viria ao Estado para mobilizar a campanha de Décio Lima (PT). É a primeira vez que a esquerda chega ao segundo turno na disputa estadual.