A “briga” entre Jair Bolsonaro e o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, respingou sobre o governador Jorginho Mello (PL), que tem relação de longa data com o presidente nacional do PL, mas vestiu a camisa do bolsonarismo e caiu nas graças do ex-presidente da República.

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Ainda em 2021, Jorginho foi o senador a quem coube anunciar à imprensa nacional que o PL havia dado “carta branca” para Valdemar fechar com Bolsonaro. O resto é história: o bolsonarismo ganhou um número, e o PL ganhou a maior bancada do Congresso.

Mas Bolsonaro não recebeu o partido de porteira fechada. Virou uma espécie de embaixador de um principado onde, quem manda, é Valdemar Costa Neto.

A confusão nesta semana ocorreu porque Valdemar apareceu elogiando Lula em um vídeo, após – e é importante fazer Justiça – ter elogiado também Bolsonaro. O ex-presidente não gostou e falou em risco de “implodir” o partido.

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Feita a confusão, o governador Jorginho Mello foi um dos líderes do PL que assumiram o papel de “bombeiros” da crise. Ligou para Bolsonaro, e depois para Valdemar. Ouviu de ambos que a situação já estava resolvida e a paz havia voltado a reinar no reduto bolsonarista.

Nos bastidores, consta que o motivo do impasse foram, na verdade, as costuras para as eleições municipais, especialmente em São Paulo. O fato é que Valdemar quer Bolsonaro como cabo eleitoral, e Bolsonaro precisa da estrutura partidária do PL de Valdemar, de onde vem seu salário mensal e da mulher, Michelle Bolsonaro. Jorginho, por sua vez, precisa de ambos.

Político de carreira, o governador preside o PL em Santa Catarina, onde o bolsonarismo virou uma força política sem precedentes e uma máquina eleitoral. Com o governo e o PL nas mãos, Jorginho quer multiplicar os prefeitos. Para isso, precisa da estrutura do partido – e do toque de Midas de Bolsonaro.

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