A perda de compostura do senador Jorge Seif (PL) que, na última sessão da CPMI do 8 Janeiro, na quinta-feira (14), foi às lágrimas e acusou o ex-comandante do Comando Militar do Planalto, general Gustavo Henrique Dutra de Menezes, de “covarde”, tem como pano de fundo a proximidade do julgamento da Justiça Eleitoral que pode cassar seu mandato.

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O Ministério Público Eleitoral se pronunciou pelo arquivamento do processo, e a tendência é que o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) em Santa Catarina siga o esse caminho. Mas a sorte de Seif pode não se repetir no Tribunal Superior Eleitoral. Assim como o colega de Senado, Sergio Moro (União), a cassação do catarinense é dada como certa nos corredores do Congresso Nacional.

O processo contra ele, movido pelo PSD, fala em abuso de poder econômico em campanha – e tem teor semelhante ao que levou à cassação o ex-prefeito de Brusque, José Ari Vequi.

VÍDEO: Senador catarinense Jorge Seif chora e chama general de covarde em CPI de 8 de Janeiro

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Entenda a ação prestes a ser julgada que pode cassar o mandato do senador Jorge Seif

Seif tem dito que está tranquilo. Mas, nos bastidores, a possibilidade de uma eleição suplementar para a vaga dele no Senado já provoca fogo amigo. É o caso da deputada federal Carol de Toni (PL), presidente do fórum parlamentar e considerada pelo partido a sucessora natural de Seif em caso de cassação.

No fim de agosto, o senador foi um dos únicos parlamentares convidados a faltarem no casamento da deputada, em Xanxerê. Nas redes sociais, publicou uma foto brindando em casa, com uma garrafa do vinho argentino El Enemigo.

No momento em que Jair Bolsonaro (PL) é acuado por investigações, Seif, que é próximo do ex-presidente, retoca o carimbo bolsonarista com a repercussão do choro na CPMI. Sinaliza lealdade ao ex-chefe e busca apoio popular caso ganhe corpo o processo de cassação.

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