As primeiras Olimpíadas com paridade de atletas na história ficarão marcadas, para o Brasil, pela prevalência dos pódios femininos. Das 20 vezes em que o país ganhou medalhas nestes Jogos Olímpicos, em 12 foram para mulheres.

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As douradas Beatriz Silva, do judô, Rebeca Andrade, da ginástica, e a dupla Ana Patrícia e Duda, no vôlei de praia, representaram as mulheres brasileiras no ponto mais alto do pódio com histórias de superação, de força, de persistência. Rebeca, a pequena gigante, egressa de um projeto de formação de atletas em Guarulhos (SP), deixou para trás Robert Scheidt e Torben Grael e tornou-se a maior medalhista do esporte brasileiro.

Nada poderia ser mais simbólico em uma Olimpíada disruptiva, que procurou corrigir o pensamento retrógrado do Barão de Coubertin, o francês que foi o pai dos Jogos Olímpicos da Era Moderna, e que achava que os jogos não eram coisa para mulher.

Na abertura das Olimpíadas de Paris, em 26 de julho, uma das 10 estátuas femininas que emergiriam do Sena – meu momento favorito da cerimônia – foi a de Alice Milliat, que insistiu até garantir que as mulheres tivessem espaço no esporte olímpico.

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Beatriz, Rebeca, Ana Patrícia e Duda também emergem para o Brasil como uma prova de que as mulheres podem, e devem, sonhar. Quando nos são dadas condições de desenvolver nossas potencialidades, chegamos muito longe. O ponto mais alto do pódio também nos pertence.