O “lado B” do boom imobiliário de Santa Catarina, potencializado após a pandemia de Covid-19, é o agravamento do déficit habitacional – um problema que não é novo no Estado e que, desde o ano passado, tem sido alvo de levantamentos na Secretaria de Assistência Social, Mulher e Família. Os dados apontam que 60% do déficit é formado por famílias que têm dificuldade de alcançar um imóvel próprio devido ao alto custo do aluguel.
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O Estado tem quatro cidades na lista das cinco com o metro quadrado mais caro do país – Balneário Camboriú, Itapema, Florianópolis e Itajaí, nesta ordem. Como uma onda, a alta de preços se estende ao redor das cidades-polo, provocando um efeito dominó. Significa que o mesmo fenômeno que atrai novos investimentos, movimentando a economia, dificulta a vida de quem paga aluguel ou tem pouco recurso para comprar um imóvel
O último ranking do índice FipeZap, divulgado nesta semana, mostra que Florianópolis é a terceira capital com o aluguel residencial mais caro do país. O alto custo se estende pelas demais regiões, especialmente nas maiores cidades, e os reajustes médios estão acima da inflação. Ou seja, sobem mais do que a renda.
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A aposta do Governo do Estado para reduzir o déficit é um programa que ajudará a conseguir um financiamento imobiliário, com subsídio para pagar o valor de entrada do imóvel. Serão aplicados R$ 420 milhões, com estimativa de alcançar 17 mil famílias em todas as regiões do Estado. O lançamento ocorrerá na próxima sexta-feira, 28 de junho, em Lages.
– Todo mundo sonha em ter a casa própria. Muitas vezes a pessoa trabalha uma vida inteira, sua o dia todo, e não pode ter uma casa própria porque não consegue juntar nem o valor mínimo de entrada do financiamento. Vamos mudar essa realidade e tornar esse sonho realidade nos 295 municípios de Santa Catarina”, disse o governador Jorginho Mello.
As cidades com o metro quadrado mais caro do Brasil:
A coluna apurou que os detalhes sobre o valor do subsídio e o limite de renda devem ser divulgados nos próximos dias. O Programa Casa Catarina terá um site próprio, onde será possível se cadastrar, acompanhar e consultar empreendimentos que as construtoras vão oportunizar para compra.
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Além de suprir a demanda habitacional, o programa também impulsionará o setor da construção civil, com a previsão de criar mais de 60 mil novos empregos em todo o Estado.