Recebido como um recado ‘atrasado’ sobre a gravidade da situação sanitária de SC, o alerta informal de colapso enviado na quinta-feira (25) pelo secretário de Estado da Saúde, André Motta Ribeiro, a prefeitos e secretários municipais, apontava em um alvo para acertar em outro. A mensagem de Whatsapp teria sido um movimento político, uma sutil ‘insurgência’ para indicar ao governo a necessidade de uma ação imediata.
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A coluna apurou que, nas discussões recentes sobre a pandemia entre o colegiado de governo, as posições da Secretaria de Estado da Saúde têm sido voto vencido. O alvo das divergências é justamente a imposição de medidas mais restritivas, que incomoda os setores econômicos dentro do próprio governo.
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O conjunto de ações divulgado na terça-feira (23), por exemplo, causou mal-estar e descontentamento na Saúde. A secretaria contava, pelo menos, com uma restrição de circulação nas madrugadas – o que não ocorreu.
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O movimento de André Motta Ribeiro, ao se dirigir aos prefeitos e secretários municipais pedindo medidas urgentes, foi entendido internamente como um recado discreto ao governador Carlos Moisés (PSL). A mensagem, que vazou, não foi formalizada em ofício – o que alguns secretários municipais chegaram a pedir. Um indicação de que a ação foi de cunho pessoal.
Esta não é a primeira vez que as medidas tomadas pelo Estado causam barulho interno na Saúde. A discordância a respeito das medidas adotadas para conter a pandemia já levou a trocas de alguns dos cargos-chave na pasta. Desta vez, no entanto, o incomodado seria o próprio chefe.
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