As eleições dos Estados Unidos têm repercussão econômica em todo o mundo – e, em Santa Catarina, nem Donald Trump nem Kamala Harris dão tranquilidade à indústria e ao comércio exterior. O republicano Trump tem como premissa um maior protecionismo do mercado norte-americano, para proteger a indústria do país da “invasão” de produtos estrangeiros. É o anti-multilateralismo, que está presente na retórica trumpista.
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Para SC, que tem nos EUA um de seus principais parceiros comerciais, isso pode trazer dificuldades em áreas em que o comércio exterior anda aquecido, como a exportação de madeira, móveis e equipamentos do setor automotivo – alguns dos principais produtos de exportação catarinense para a América do Norte.
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A democrata Kamala não deve restringir ainda mais o mercado dos EUA – embora o governo Biden não tenha feito esforço no sentido de aumentar as relações comerciais. Mas a proposta de subsidiar o setor de proteína animal pode trazer um impasse a SC.
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O comércio de aves e suínos, especialmente para a Ásia, é o “filé” do comércio exterior em Santa Catarina. Mas uma política de preços mais agressiva por parte dos norte-americanos pode aumentar a concorrência para o produto brasileiro nos mercados estratégicos.
As eleições nos EUA ocorrem nesta terça-feira, com perspectiva de ser a mais apertada da história. As pesquisas indicaram Trump e Kamala tecnicamente empatados, o que aumenta o clima de expectativa em todo o mundo. Além das repercussões econômicas, há consequências políticas. Uma eventual vitória de Trump significará um novo fôlego para a ultradireita mundial.
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