Há semanas, o desrespeito aos decretos que proíbem a permanência de banhistas nas praias de Santa Catarina é flagrante. Oficialmente, só está permitido praticar esportes individuais e dar um mergulho. Na prática, a faixa de areia lota cada vez que o sol dá as caras.
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As pessoas não se importam com as regras impostas pelos órgãos públicos, e isso tem um motivo: as normas não têm lógica, nem coerência. Para que exista respeito aos regramentos, é necessário que eles façam sentido.
É difícil convencer o cidadão de que ele não pode colocar sua cadeira e guarda-sol na areia sem infringir as regras – mas pode pegar o transporte público normalmente ou mesmo sentar, sem máscara, para beber com os amigos no bar no outro lado da rua.
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É possível conter aglomerações nas praias, com regras claras e fiscalização. Suspender temporariamente o atendimento dos bares e restaurantes na faixa de areia, por exemplo, pode evitar que os guarda-sóis fiquem muito próximos, e as pessoas, aglomeradas – o que ocorre em alguns pontos neste sábado.
Na maioria das cidades, não há sequer informações aos banhistas sobre o que está ou não permitido na praia. Falta comunicação.
Estabelecer normas que possam ser cumpridas e fiscalizadas faz mais sentido do que a situação que vivemos hoje: a proibição existe, mas o cidadão ignora e o poder público finge que não vê.
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