Desde o início da pandemia em Santa Catarina, temos falado aqui sobre ações e recuos do Estado, dos municípios e do governo federal. Sobre erros e acertos. Já analisamos como fatores como a proximidade das eleições municipais pesam na tomada de decisões, e como a pressão do setor econômico interfere na pêndulo das medidas de isolamento social.

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Mas, hoje, te peço licença para falar da nossa responsabilidade. Minha e sua. Nós, que não temos a “caneta” na mão para definir medidas de combate ao coronavírus.

As imagens captadas nesta quinta-feira (9) à tarde no Centro de Florianópolis pelas câmeras de monitoramento do Projeto Bem-te-vi, da Secretaria de Estado de Segurança Pública, comprovam o que dizem as estatísticas: o isolamento social é cada vez menor em Santa Catarina.

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Os dados mais atualizados são de quarta-feira. Mesmo com a aceleração no número de casos e de mortes, o Estado registrou apenas 38,2% de adesão ao isolamento. É um percentual menor do que a média nacional, que ficou em 38,8%.

O monitoramento, que tem sistema de identificação facial, também consegue mostrar, mesmo de longe, que a adesão à máscara – ou o uso correto dela – está muito longe do ideal.

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É urgente que mudemos de atitude. Desde 1º de julho, ou seja, nos últimos nove dias, 100 pessoas morreram em Santa Catarina. Em 30 dias, o número de óbitos subiu de 179, no dia 9 de junho, para 447 nesta quinta-feira. Um aumento de 150%.

O problema é que, para muita gente, a ficha ainda não caiu.

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O Brasil falhou em diversos aspectos do combate à pandemia. O socorro às empresas foi insuficiente para mantê-las fechadas, os recados à população foram confusos. O cenário não é nada bom, mas a hora de agir é agora.

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Santa Catarina está entrando no olho do furacão. Os especialistas alertam que não se trata de uma segunda onda, mas de um agravamento da pandemia. Há hospitais, públicos e privados, onde não tem mais leitos disponíveis na UTI. Já faltam medicamentos para intubar as pessoas doentes.

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Eu sei, ninguém aguenta mais a rotina de cuidados em uma pandemia que acompanhamos, com maior ou menor atenção, desde janeiro. Mas é preciso ter paciência e respeitar as recomendações de isolamento social. Um por todos, todos por um.

Estamos juntos nessa. Também sinto falta de um banho de mar, de uma cerveja com os amigos, de abraçar meus pais e minha avó. Só que estamos navegando à deriva, e precisamos agir. O isolamento social, agora, é nosso bote salva-vidas. Quem vai embarcar?

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