O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) instaurou um procedimento para apurar a progressão das mortes por Covid-19 em Chapecó e suas possíveis causas. A notícia de fato – uma apuração preliminar que antecede instauração de inquérito – abrange todo o período de pandemia, a partir de março de 2020. Epicentro da segunda onda de Covid-19 em Santa Catarina, entre fevereiro e março deste ano, Chapecó foi considerada exemplo pelo presidente Jair Bolsonaro. 

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Na portaria de instauração da notícia de fato, que é da última segunda-feira (11), o promotor Felipe Schmidt, da 13ª Promotoria de Justiça de Chapecó, informa que recebeu questionamentos acerca da evolução de óbitos na cidade. Em nota à coluna, o MPSC informou que o procedimento “não tem um investigado específico”. Como pretende avaliar a resposta à pandemia desde o início, o MP deve analisar atos emitidos pela gestão do ex-prefeito Luciano Buligon e do atual prefeito João Rodrigues.

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Este é o segundo procedimento instaurado em menos de um mês para avaliar as ações de combate à pandemia em Chapecó. Em setembro, o Ministério Público Federal (MPF) abriu um inquérito para apurar se medidas tomadas pela prefeitura favoreceram a transmissão da Covid-19 e colaboraram para a crise sanitária enfrentada entre fevereiro e março deste ano. O procedimento apura o incentivo ao uso de “tratamento precoce” e a flexibilização de atividades no período que antecedeu a explosão de casos. Na ocasião, o prefeito João Rodrigues disse à coluna que considera a investigação “infundada, improcedente, inconsequente e injusta”.

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