O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) dará sequência às investigações sobre o suposto ato de apologia ao nazismo que foi filmado durante protesto bolsonarista em São Miguel do Oeste. O caso agora está sob os cuidados da 40ª Promotoria de Justiça da Capital , especializada no combate aos crimes de racismo, de ódio, de intolerância, de preconceito e de discriminação, que tem atribuição estadual.
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Nesta quinta-feira (3), a promotoria recebeu o relatório preliminar produzido pelo Gaeco de São Miguel do Oeste, que concluiu que o gesto, semelhante a uma saudação nazista, não foi reproduzido de forma intencional – de acordo com o Gaeco, tratava-se de uma referência religiosa.
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Na 40ª Promotoria de Justiça, na Capital, o episódio está sob análise do promotor de Justiça Luiz Fernando Fernandes Pacheco. O caso também é acompanhado pelo Núcleo de Enfrentamento aos Crimes de Racismo e de Intolerância (Necrim).
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Nesta quinta, as embaixadas da Alemanha e de Israel se manifestaram sobre a situação registrada no protesto em São Miguel do Oeste. O embaixador alemão no Brasil, Heiko Thoms, disse que o teor do vídeo como “profundamente chocante” e que o ato não “se trata de liberdade de expressão”.
Não se trata de liberdade de expressão, mas de um ataque à democracia e ao Estado de Direito no Brasil.
— Embaixador Heiko Thoms (@AmbBrasilia) November 3, 2022
Esse gesto desrespeita a memória das vítimas do nazismo e os horrores causados por ele.
A Embaixada de Israel, por sua vez, pediu providências às autoridades.
Comunicado oficial da Embaixada de Israel sobre as saudações nazistas em Santa Catarina: “Rejeitamos qualquer forma de referências nazistas no Brasil e em geral. pic.twitter.com/DVjfPgpXSo
— Israel no Brasil (@IsraelinBrazil) November 3, 2022Continua depois da publicidade