Um relatório da Diretoria Estadual de Vigilância Epidemiológica (Dive-SC) traz dados alarmantes sobre os óbitos de gestantes e puérperas em Santa Catarina. Nos sete primeiros meses de 2021, o número de mulheres desse grupo que foram vítimas fatais da Covid-19 já é 10 vezes maior do que os óbitos ocorridos em 2020. Desde o início da pandemia, 35 grávidas e puérperas morreram no Estado.
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Os números mostram que, entre março e dezembro do ano passado, três gestantes e puérperas morreram de Covid-19 em Santa Catarina. Foram 149 internações, o que indica que uma mulher, em cada 50 internadas, morreu em decorrência da doença no Estado – o equivalente a 2%.
Já em 2021, a média foi de um óbito para cada 13 gestantes e puérperas internadas. O índice passou a ser de 7,6%, mais do que o triplo registrado em 2020.
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Os óbitos estiveram acima das piores projeções em dois períodos de tempo: em novembro do ano passado, quando ficou um pouco superior ao esperado, e entre fevereiro e junho de 2020, quando subiu vertiginosamente. Gráfico produzido pela Dive mostra, na linha pontilhada, qual era o limite máximo esperado em condição de epidemia. Em vermelho, os dados registrados.

As regiões que registraram mais mortes maternas em decorrência da Covid-19 foram Xanxerê, Carbonífera e Alto Uruguai Catarinense. As principais vítimas são mulheres que estavam no puerpério, ou seja, tinham dado à luz há 42 dias ou menos. Elas representam mais da metade dos óbitos no Estado. Outro dado relevante é o registro de comorbidades: 60% das mulheres grávidas ou puérperas que morreram em SC não tinham doenças preexistentes.
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João Fuck, diretor da Dive-SC, diz que uma das hipóteses para o aumento no número de óbitos entre mulheres grávidas e puérperas é a circulação de novas variantes no Estado. SC registrou alta circulação da variante Gama nos primeiros meses do ano, e agora tem transmissão comunitária da variante Delta.
– Isso reforça a importância da vacinação. É importante que as mulheres fiquem atentas e concluam a vacinação com a segunda dose – alerta.
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Até agora, cerca de 18 mil grávidas e puérperas tomaram a primeira dose, e pouco mais de 5 mil tomaram a segunda. Fuck diz que a diferença é esperada, porque só agora está chegando a data da segunda dose para a maioria das gestantes.
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