A morte trágica de um empresário de Santa Catarina, CEO de uma empresa que trabalha com cotas imobiliárias no Litoral Norte do Estado e na Grande Florianópolis, gerou uma crise inesperada no mercado.
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Márcio Ramos, que comandava a VR Brasil Patrimonial, de São José, foi vítima de um acidente fatal no dia 16 de maio. A empresa que ele comandava apostou em um novo modelo de negócio de aquisição de cotas imobiliárias, que resultou, nos últimos anos, em pagamentos de dividendos aos cotistas com resultados acima da média do mercado imobiliário.
Em dezembro de 2023, uma consultoria contratada recomendou baixar a rentabilidade das cotas, alterar a remuneração composta com a garantia da redação das cláusulas do contrato firmado entre a empresa e os cotistas, e alertou para a necessidade de injeção do capital da reserva da empresa na operação. Mas a empresa manteve o patamar de pagamentos.
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Em março deste ano, a empresa começou a apresentar falhas pontuais nos saques e, com a morte de Márcio, a situação se agravou, com muitos cotistas retirando seus investimentos.
Em meio ao impasse, o board da empresa sinaliza que manterá as atividades e, mesmo com os desafios, quer cumprir as obrigações com todos os envolvidos. O caso está sob responsabilidade do advogado Ângelo Coelho, do Mazzardo e Coelho Advogados Associados, de Porto Alegre (RS), especializado em assessoria jurídica empresarial. O escritório entrou com procedimento preparatório para pedido de recuperação judicial.
No momento, os advogados estão na fase de levantamento dos empreendimentos da empresa.